domingo, 31 de janeiro de 2010

O SONHO DA BOLA - O meu amigo Tchiplica e CAN 2010

Sou do musseque, sou de um bairro de lata. O meu grande sonho foi ser futebolista, actuar em grandes relvado do país e não só. vestir a camisola dos palancas negras. Sentir as bancadas a vibrarem com os meus golos. No final das partidas a imprensa seguir-me para dar entrevistas e celebrar o maior contrato futebolístico, jamais celebrado em Angola e no mundo! Fruto da bola, ter uma mansão e vários “carrões”, enfim ter boa vida e quando terminar a carreira formar uma escola de futebol e ajudar os putos que têm amor pela bola.

No entanto, este meu sonho acabou por morrer, treinava eu no clube da “banda” Nigéria que mais tarde passou a chamar-se “doçura” por causa de umas “makas “, liderada pelo cota Russo. Eu era o “homem golo”. Admirado por quase todos, recordo-me que quando marcava e ganhávamos eu era o centro das atenções. Davam-nos sandes e gasosas, era a mais visível recompensa, mas para mim a verdadeira Vitória era a enchente nos campos (crianças, jovens e velhos), a dama caty nas bancadas inspirava-me em cada finta, passe, remate e golo. Era bué fixe assinar autógrafos . Ganhamos vários campeonatos em todos os bairros, um clube de invejar “grandes vedetas”, o pessoal dizia que a nossa equipa tinha futuro.

Em cada ano, o Igino, António Wey, Kupuia e eu fazíamos testes em muitos clubes federados, mas infelizmente não éramos admitidos. Diziam-nos “voltem o próximo ano”. Saíamos cabisbaixos pois sempre fracassávamos ... na nossa banda eramos queridos, o que se passava? Afinal havia outros critérios de seleção que não o talento, a criatividade, o saber jogar, mas sim o facilitismo, a familiaridade e os “trocos”. Uma vez não conseguiram afastar-me, preparei-me o suficiente, treinei todos os toques da bola, fiz um teste que nunca tirarei da memória. Marquei, fintei, passei, joguei e fiz jogar a equipa, o treinador rendeu-se as evidências e pediu-me para ficar, pensava eu que tinha chegado o meu momento de ser uma “estrela do futebol mundial”. Passei a treinar federado com os meus três cambas, que mais tarde também tiveram a mesma sorte, já que o clube doçura desfez-se e o treinador Dom Cai foi estudar em outra província de Angola.

A fama da bola tornou-me num namoradeiro e foi então que engravidei Angelina Katchilingue e Beatriz tumba, (não resiste a beleza de ambas!) era ainda juvenil e não tinha salário. Orfão de pai, a minha mãe já nos sustentava (quatro irmãos) e não podia com mais duas pessoas, e eu na qualidade de primogênito tive que abdicar dos campos e da escola (6ªclaase). A partir daí o horror passou a morar na minha vida. Tornei-me pedreiro, já não tinha a vida nas relvas, mas sim na “massa”. António Wey não conseguiu continuar era um grande central, dificilmente um ponta o passava, antecipava-se aos pontas, marcava cerradamente os seus adversários, era um miúdo promissor para o futebol, todavia o álcool arruinou a sua vida. No princípio não podia jogar sem beber, depois não podia passar um dia sem beber. Actualmente “joga no copo”. Dói-me! Igino ainda apareceu na seleção sub 20, pensou que já era “vedeta” não treinava e abusava do cigarro e das noitadas, resultado não aguenta sequer uma 1ª parte de uma partida de futebol. Kupuia tornou-se num grande jogador, um verdadeiro ponta de lança, tem faro de golo e está no can Orange Angola2010 pela selecção de Angola, ele não dançou a nossa música de mulheres e álcool, foi sempre um jovem que amou muito a bola e nunca a traiu nem arrumou os livros como nós. Por isso, meus compatriotas amigos da bola, sigam este exemplo e aos cotas apostem seriamente nos miúdos e jovens construindo escolas de futebol, massificando o desporto, ”projecto caça talentos” e os campeonatos inter-escolas.
 
Fonte: http://chelapressonline.blogspot.com/2010/01/o-sonho-da-bola.html

Grupo de activistas ci'vicos internacionais homenageia Martin Luther King em Portland, Oregon, EUA

Ora Viva!

Depois da primeira fase, que durou sete dias em Washington DC, os vinte participantes do programa de intercâmbio denominado “ONG’s e Activismo Cívico” suportaram cinco horas de avião, em direcção a cidade de Portland, estado de Oregon, onde se encontram desde sábado último.

A chegada coincidiu com a jornada do voluntariado, por conta do feriado observado na segunda-feira (18/01) em homenagem a Martin Luther King, o activista que completaria, na passada sexta-feira, 81 anos de idade. E tal como programado, os intercambistas vestiram a camisola azul com o busto de MLK e os dizeres “We are the dream” enquadrando-se na jornada da Universidade de Concordia. No salão multiuso daquela universidade, juntamente com estudantes de um total de 14 escolas, os visitantes internacionais aplaudiram aos cânticos, jograis e sermões. Melhor ainda, engajaram-se na campanha de limpeza e pintura de uma escola primária do ensino especial.

No próximo dia 21, o colectivo será repartido em pequenos subgrupos, que deixarão Portland para os seguintes destinos: Austin (em Texas), Santa Fe (New Mexico) e Salt Lake (Utah). Itinerários diferentes, um so' objectivo: partilhar experiencia com instituições americanas do sector voluntario. O reencontro será em Miami, já para o culminar do programa.

Recorde-se que os 20 participantes representam seis países da Europa, três da Ásia, dois da América Latina, quatro do Médio Oriente e cinco da África, sendo que Angola e’ o único pais de língua oficial portuguesa no grupo, fazendo-se representar pela AJS-Associacao Juvenil para a Solidariedade, com sede na provincia de Benguela. O programa ONG’s e Activismo Cívico e’ uma iniciativa do Departamento de Estado Norte Americano, que visa o intercambio profissional, de nove a 30 de Janeiro de 2010.

Gociante Patissa, Portland, 19 Janeiro 2010

2009 - DIRECTOR EXECUTIVO APRESENTA BALANÇO GERAL

António Castelo Branco “Capela”, Director da ONG Twayovoka, destaca a presidência das organizações da sociedade civil, como um dos ganhos do ano ora findo.



O bem estar das comunidades rurais é o centro das atenções da ONG Twayovoka para o Desenvolvimento. Esta organização actua em vários aspectos e seguimentos comunitários. Desde o saneamento básico, passando pela luta contra a SIDA, malária, analfabetismo, exclusão social, ao acesso à informação, igualdade de oportunidades e a informação.

O ano de 2009, segundo António Capela, Director Executivo da Organização foi um ano de muito trabalho e consolidação de várias parcerias. “Nós conseguimos dar provimento a muitas tarefas iniciadas em exercícios anteriores. A nossa organização teve, no ano passado, o privilégio de trabalhar um pouco mais afincadamente no Programa de a Reforço da sua capacidade Interna, tendo para efeito contado com o apoio da Worl Learning”, destacou.


No entanto, com apoio de outros parceiros foi possível, igualmente desenvolver ao nível dos nove municípios da província de Benguela o programa de capacitação de micro empresas. Uma acção financiada pela USAID e subsidiada tecnicamente pelo CEIC da Universidade Católica. O programa visa capacitar os agentes económicos de baixo poder e quase sem garantias bancárias à aceder aos sistemas de crédito formais, para além de estimular o empreendedorismo e o auto emprego como forma de combater a pobreza e a exclusão social.

As micro empresas do sector agro-alimentar, têm merecido uma atenção particular tendo em conta o seu papel na diversificação da economia e participação na provisão de mecanismos de segurança alimentar.

Ainda no âmbito da capacitação interna, a Organização proporcionou formação e intercâmbio internacionais para os seus membros na África do Sul.

O projecto “Noites de Teatros” foi um dos projectos que deu maior visibilidade pública a Organização. As participações nos festivais de Luanda, Cazenga, Huila e Benguela, permitiram a que os integrantes do grupo pudessem interagir com outros elementos das suas congéneres e reforça os seus conhecimentos sobre arte e a actual conjuntura cultural do país. O projecto “Noites de Teatro” é uma variante do Programa Cidadania e Cultura que a organização desenvolve há já alguns anos e que tornou possível disseminar informação sobre direitos humanos, VIH, cólera e outras causas sociais a várias centenas de angolanos em todo o território da província de Benguela.

Em 2009 numa parceria MINSA, World Bank conclui-se o programa HAMSET nas Zonas A e B da cidade de Benguela. O projecto visou aumentar os conhecimentos dos adolescentes e jovens sobre o HIV SIDA. O balanço provisório feito até a data é satisfatório.


Para 2010 há muito trabalho. "Vamos sair victoriosos, pois temos uma equipa motivada e capacitada", referiu o Director Executivo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

2010 - ANO DE MUITAS PERSPECTIVAS

A Organizalão Twayovoka para o Desenvolvimento fez em 2009 um balanço positivo de toda a sua actividade.
De acordo com o seu Director António Castelo Branco "Capela", em 2010 a Organização vai continuar a desenvolver as mesmas actividades e outras de maior impacto social junto das Comunidades, bem como a extensão da abrangência de maior número de beneficiados.

O micro crédito para o estímulo e incentivo das actividades remuneratórias é uma das aposta desse arganização, visando contribuir para a redução da fome e da pobreza.  Serão igualmente desenvolvidas em 2010 Campanhas de sensibilização contra o VIH/SIDA e a formação de activistas.

O analfabetismo é um mal a erradicar da sociedade. A ONG Twayovoka vai mais uma vez colocar os seus recursos humanos, a disponibilidade dos seus parceiros e a sua longa experiência acumulada para que hajam
cada vez mais jovens e adultos, homens e mulheres capazes de ler e escrever, para deste modo se evitar a exclusão social e o acesso a renda.